quinta-feira, outubro 18, 2007

Crime?

Para muitos isto não é um crime, afinal um feto não passa de um amontoado de células sem consciência...

Polícia - Feto é encontrado em rua de Porto Alegre
Feto é encontrado em rua de Porto Alegre
Aparentando três meses de gestação, corpo estava dentro de um vidro que continha líquido

Um feto foi encontrado na noite desta quarta-feira na rua Casemiro de Abreu, bairro Rio Branco, em Porto Alegre. Um vigia que trabalha na região o descobriu depois de desconfiar do conteúdo de uma caixa deixada em frente à casa.

Ao abri-la deparou com um vidro contendo o feto humano mergulhado em um líquido. Segundo a polícia, o feto aparentava ter três meses de gestação, e a origem pode estar ligada a um aborto. O caso será investigado.

2 comentários:

Anônimo disse...

Luís, é preciso não esquecer a tática dos adoradores do aborto - uma exemplo de aplicação da cartilha de Lenin, no item em que se recomenda atribuir os próprios vícios e defeitos aos opositores, visando desqualificá-los ante a opinião pública.

Imagine então o que ocorreu nestas semanas, a respeito do bebê assassinados pela mãe em Belo Horizonte. Em seu depoimento, a assassina revelou sua intenção primeira de abortar, mas não conseguindo decidiu dar cabo da recém-nascida.

Pois bem: na revista Veja de uma semana atrá, o articulista André Prety, fanático anticlerical e defensor do aborto teceu um amontoado de barbaridades, que iam desde a batida e falaciosa "argumentação" pró-aborto, passavam pelo velho achincalhe dos que são contra essa prática, porém culminava com a tese inacreditável de que o assassinato deveu-se à "coitada" da criminosa não ter podido abortar, por ser pobre, enquanto as mulheres ricas podiam, etc.. Incrível, mas ficou subentendida no texto uma tentativa de conectar o assassinato de um recém-nascido à criminalização do aborto, que prejudicaria, segundo o articulista e os leitores que opinaram a seu favor, as pobres mulheres que não podiam livrar-se do feto como as possuidoras de recursos para isso.

Note, que a artimanha raposina consiste em pressupor que o aborto é um direito, não um crime já definido e caracterizado em lei. A alegação volta-se então para uma suposta discriminação que vedaria o já considerado "direito" para um segmento social, no caso as mulheres pobres.

A hipocrisia dos pró-aborto é tamanha que eles agora querem passar aos demais que são contra o aborto, mas defendem sua descriminalização para preservar as coitadas das mulheres pobres. Afirmam que a legalização da prática abortiva acarretaria a diminuição do número de abortos praticados.

Mal terminam de expor essa falácia, cai o véu da hipocrisia. O aborto seria um direito da mulher ao "próprio corpo", portanto se ela engravidar e quiser se livrar do feto, poderia fazê-lo sem restrições de ordem ética, moral ou legal. Como se livra de uma roupa velha. Ué, mas não dizem ser contra o aborto?

Lisa disse...

Muitas vezes me faço essa pergunta, mas a questão inserida nela é: legislação política, panôrama biológico ou visão religiosa?
quando vão responder essa pergunta, muitas pessoas abraçam um desses contextos para defender um ponto de vista próprio. o fato é que não há como responder essa pergunta senão levando em consideração todos os argumentos.
O aborto voluntário é uma ofensa religiosa e não pode ser legalizado sem se ofender uma população (como em muitos países acontece). É um ato agressivo ao corpo mesmo quando feito por médicos em hospitais e, segundo esses, a única coisa que justifica uma vida ser sacrificada é o risco de se perder as vidas diretamente envolvidas e, certamente, vão optar pela que tem menos chance de sobreviver (infelizmente há médicos interessados mais em suas contas bancárias). Por último, a justiça tendo que cumprir as leis que se baseiam, ou deveriam se basear, nos preceitos anteriores, ao se fazer cumprir deve levar em consideração a natureza do crime e seus particulares para julgar a pena mais adequada em cada caso. Assim como faz com todos os outros delitos...(no Brasil se faz vista grossa por conta de um política social fraca e muitas mulheres e MENINAS vão parar na mão de açougueiros e morrem junto com seus fetos)
No fim das contas Luiz, o problema não é o aborto em si, é o número altíssimo de abortos praticados que nos lembram, a todo momento, que há muita coisa errada no modo como as sociedades agem.
Saudações, Lisa