quinta-feira, maio 22, 2008

Entrevista do Gen. Leônidas

O General e ex-ministro do Exército Leônidas Pires Gonçalves (87) concedeu uma entrevista ao Terra Magazine.
O tema, como sempre, "a ditadura militar". Este assunto, como eu já disse outra vez, é uma fixação infantil das esquerda que hoje governa o país. Recebem rios de dinheiro público por "danos morais" mas esquecem-se a sua ativa participação e causa do regime autoritário de 1964.
A entrevista é elucidativa também pelo tom das perguntas. O repórter parece ter sido informado do que aconteceu ao país por algum panfleto distribuído pelo PCdoB ou PCB..

Outra coisa óbvia é que o exército, criando a Lei da Anistia, parece ter sido os únicos a acreditarem nela. E a agir segundo os seus princípios. Já os ex-terroristas (existe isso? acho que não..) continuam a tentar vencer a contra-revolução da 64. O revanchismo é evidente. Falam em "mortes" e "torturas" sendo que todos os protagonistas importantes daquela época estão no poder. Deveriam agradecer à Lei da Anistia, que permitiu à sua volta ao país.

Acho que o Exército tem que abrir os olhos e entender que o gesto que a Lei da Anistia sinalizou (perdão para os dois lados) não passou de uma encenação dos derrotados. Até que eles estivessem novamente no poder para "dar o troco".
O mais realista seria que as lideranças do Exército parassem com estes patéticos apelos de "vamos esquecer o passado", pois eles, certamente não vão esquecer. É revanchismo puro. Não "acreditar" que um sujeito covarde como Tarso Genro "possa" fazer isso é pura ingenuidade. Fizeram nos 60. Irão fazer novamente.

Minha sugestão é: acabem com a Lei da Anistia! Que TODOS os que tiveram as mãos sujas de sangue no período militar sejam presos, julgados e condenados de acordo com a tipificação dos seus crimes. Não esquecendo de impugnar seus direitos políticos. Dos dois lados. Mostrando tudo.

Esta seria a única forma de, ao mesmo tempo mostrar, enfim, a verdade ao país e retirar dos cargos públicos esta malta de agentes disfarçados.

Leia abaixo, trechos da entrevista.


General Leônidas: "Revanchismo tem que acabar" - Terra - Política
O ministro Tarso Genro disse que a Lei de Anistia não protege torturadores.
Ora, pergunta se pegar um embaixador, raptar um embaixador, botar dentro de um automóvel a bordoada... Um homem acostumado a ser reverenciado, botar num quartinho de 2 por 3, e todo dia dizer que vão matar... Isso não é tortura?

O seqüestro do embaixador americano Charles Elbrick, em 1969?
De todos eles! É muito engraçado. Só se vê as coisas de um lado. A anistia tem um dom: nós todos temos que esquecer essas coisas e cuidar do Brasil. Pra mim, essas coisas, lamentavelmente, têm gosto de revanchismo. Acho uma coisa imperdoável pra um homem da estatura funcional do ministro Tarso Genro.

Defende uma conciliação?
Total. Nós das Forças Armadas já anistiamos. E essa gente não quer nos anistiar.

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O senhor acha que o governo Lula tem motivação ideológica pra resgatar essa questão?

Você sabe de uma coisa? O presidente Lula não está muito engajado
nisso. É essa periferia que se esquece de uma coisa fantástica: deviam
agradecer de joelhos, todo dia, nós termos feito a Revolução que
permitiu voltar a democracia, que nós sempre quisemos. E evitar que a
ditadura comunista, altamente violenta e assassina, estivesse vigente.
Por que eu digo isso? Porque se eles tivessem chegado ao poder pela
linha deles, e não pela nossa - porque chegaram por via democrática -,
todos eles já estavam mortos, na típica autofagia dos comandos
comunistas. Quantas pessoas que subiram com ele o Stálin matou?

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Há comparação entre Ernesto Geisel e Pinochet?

Que é isso! Vou te fazer uma pergunta, vou te fazer uma pergunta.
Quantos habitantes tinha o Brasil em 1964? Cem milhões. Quantos mortos
são atribuídos à Revolução? 224. E nós perdemos outros tantos. Pra 100
milhões, morreram 224. Agora, qual é a população do Chile?

Links:
Primeira parte
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